Em minhas orações pedia ao Senhor uma maneira de falar da ressurreição para os meus filhos e filhas em Bethânia. No domingo de Páscoa tratei de convidá-los a uma experiência de fé capaz de transformá-los em testemunhas da ressurreição. Fiz ver que ela é a base de uma verdadeira restauração. A ressurreição é a garantia de uma vida renovada, marcada pelo “aqui já e o ainda não”. Essa vida nova começa aqui esse encaminha à eternidade.
Contudo, faltava a ilustração. Saltou à mente, a comparação tantas vezes feita na catequese Lembra-se do processo da lagarta que se transforma em borboleta. Contei, eles amaram e se emocionaram. Partilho com vocês também. Que Deus nos conceda um coração de criança para acolher as verdades do Reino.
O processo da lagarta em borboleta é uma das coisas mais lindas que a natureza já forjou. A vida de uma lagarta é destinada a outra vida: a da borboleta. O corpo de uma lagarta é destinado a um corpo mais belo: o de uma borboleta. A lagarta nasce e vive para comer e crescer; uma vida curta de mais ou menos vinte e cinco dias. No final da sua vida ela procura um lugar escuro e faz um casulo e fica nele por uns dias e durante este tempo acontece a transformação. Terminado esse período, o casulo começa a tremer, quebra e o que aparece: UMA LINDA BORBOLETA!
Brincava com meus filhos e filhas, dizendo: antes uma lagartinha, aos nossos olhos feia, mas terminado o ciclo uma bela criatura aparece, pronta para voar e dar um espetáculo de encher os olhos.
É o que nos destina a força e o poder da ressurreição de Jesus. Seremos transformados. Todo nosso ser tocado pelo poder de Deus. Como lembra Paulo, Jesus é o “primeiro entre os iguais”, Ele abriu para nós as portas. O desafio é viver com o Ressuscitado e como o Ressuscitado, pois, somos chamados a testemunhar a fé na ressurreição de Jesus e experimentar aquilo que nossos pais na fé experimentaram. O drama é que na maioria do tempo peregrinamos como os discípulos de Emaus narrado por Lucas: “... Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam vendados, incapazes de reconhecê-lo.” (Lc 24, 15-16).
Que este Tempo Pascal nos dê a graça de reconhecer o Ressuscitado que caminha conosco. Que todas as situações de morte de sua vida sejam tocadas pelo poder da ressurreição de Jesus. Se morremos com Ele, com Ele ressuscitaremos.
Fique na paz de Deus!
Pe. Vicente, bth
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